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segunda-feira, 26 de maio de 2014

Transparência em greve, paralisada

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A Diretoria do Sinditest, que até o ano passado gabava-se de trimestralmente apresentar no site um relatório de tesouraria, desde janeiro de 2014 não repete a prática.

Não apenas isso, mas também descumpriu o prazo dado pelo Estatuto sindical para a prestação ordinária de contas em assembleia geral, que é 31 de março de todo ano.  Nenhuma assembleia geral sobre isso até aquela data, nenhuma publicação de justificativa.  E aí, membros do Conselho Fiscal?  Também nada dirão sobre essa falta para com o Estatuto?

Os diretores sindicais teleguiados do PSTU devem achar que é natural deixar de fazer a assembleia ordinária de contas por causa de uma greve nacional.  Mas, ao mesmo tempo, cobram transparência de outras autoridades e poderes constituídos. Em casa de ferreiro, espeto de pau.

E, além da prestação geral de contas do Sinditest, ainda tem a exposição de receitas e gastos específicos da greve, o uso do fundo de greve. Esta deve ficar para o final formal da greve, porém é bom ir lembrando desde já.

PSOL: fácil ser estilingue. Mas quando vira vidraça...

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Em Macapá, o primeiro prefeito do partido elogia programas federais e faz parceria com empresas. A CartaCapital, ele conta os limites de um socialista na prefeitura e reivindica o legado petista

Por Piero Locatelli, no site CartaCapital

Em 2010, o sindicalista Clécio Luis foi eleito prefeito de Macapá e se tornou o primeiro militante do partido a comandar o poder Executivo em uma capital. Um ano e meio depois, o prefeito recebeu a reportagem de CartaCapital para discutir como está sendo a experiência do partido. Leia abaixo trechos da entrevista:

CartaCapital: O senhor ganhou a eleição em Macapá sofrendo críticas de militantes do seu partido por ter recebido o apoio de legendas como o PTB e doações de empresas. Mas tornou-se o primeiro prefeito eleito em uma capital no país. Ao que atribui essas críticas? Existe uma diferença entre o cenário que o senhor encontra na cidade e o enfrentado pelo PSOL nacionalmente?

Clécio Luís: O PSOL tem que entender as diferenças regionais, entender os “Brasis” para se auto-afirmar como um partido nacional. Não há uma receita pronta para a militância que se aplique da mesma forma em São Paulo e no Amapá. Seria muito ruim que a gente tivesse um discurso aqui que debatesse apenas grandes temas brasileiros e esquecesse da nossa realidade, como o esquerdismo quer fazer. Por exemplo: você vai numa reunião em Pracuúba, o menor município do Estado. As pessoas estão de pé no chão, descalças. Lá, tudo é muito mais difícil, o dia a dia é o que importa. Se você chegar lá e fizer um discurso da dívida externa, você fala em uma frequência que o povo não te ouve. Ou seja, nós ficamos atentos a essas peculiaridades e por isso há um nível maior de sucesso no diálogo com o povo.

CC: Sua postura na prefeitura entra em contradição com bandeiras do partido. O PSOL, por exemplo, é crítico à Lei de Responsabilidade Fiscal. Mas o senhor teve de fazer cortes orçamentários para cumpri-la. Isso seria uma das peculiaridades que o senhor se refere?

CL: Isso é um debate nacional que tem de continuar, e o PSOL tem legitimidade para mudar e criticar a LRF. Agora, eu não posso fazer isso como prefeito. Não sou o prefeito do PSOL, sou um prefeito que foi eleito dentro dos marcos legais vigentes. Posso questioná-los, mas se eu não cumpri-los vou ser condenado igual a prefeito de direita. E depois de condenado, não faz diferença se eu sou de direita ou de esquerda.

CC: Isso é um argumento igual ao que o senhor usou ao receber doações de empresas durante a sua campanha eleitoral. Uma das bandeiras do PSOL é o financiamento público de campanha....

CL: Olha, aqui nós temos um bom diálogo com o empresariado local. Mas é um empresariado pequeno. O empresariado grande daqui é o pequeno do Brasil inteiro. Então, se aplica a mesma questão da LRF: esse é um debate que tem que continuar, mas nós aceitamos as pequenas doações de empresários e isso foi muito importante aqui para nos elegermos.

CC: Mesmo em um partido socialista, o senhor manteve uma Parceria Público-Privada para fazer o mapeamento de lotes fundiários na cidade, entregando este serviço a uma empresa privada. Por quê?

CL: É um negócio que nós levaríamos muitos anos para fazer, não teríamos recursos próprios. Então nós dissemos ‘toca a PPP, vamos pagar o desgaste, vamos continuar.’ Porque a gente não teria condição de fazer esse trabalho e depois legitimar os mapas. Eu sou muito acusado por causa disso, mas acho que está valendo a pena.

sexta-feira, 23 de maio de 2014

Reitor desce do muro e defende adesão do HC da UFPR à EBSERH

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Em campanha por sua reeleição à Reitoria, no segundo semestre de 2012, o reitor Zaki Akel jurava de pés juntos, perfilando ao lado do Sinditest, que a nova empresa EBSERH não entraria na UFPR para gerir o HC.  Uma moção contra a EBSERH chegou a ser parida pelos membros do Conselho Universitário (CoUn), com aval do reitor.  No entanto, sempre pairou dúvida sobre a sinceridade dessa postura do professor de Administração que ocupa o comando da administração da mais antiga Universidade brasileira.

Por que a dúvida? Porque no primeiro semestre daquele mesmo ano, a equipe do mesmo reitor produziu um documento chamado "Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI), apontando metas e caminhos para o quinquênio seguinte.  No anexo sobre hospital-escola desse PDI constava em claras linhas que a criação da EBSERH (Empresa Brasileira de SERviços Hospitalares) era tida como uma "oportunidade" para o HC.  Questionado sobre o tal Anexo no CoUn, ele foi sutilmente retirado da versão final do PDI. Mas a dúvida ficou plantada.

Reagudizada a crise do HC neste semestre inicial de 2014, Zaki Akel parece finalmente ter "descido do muro", passando a defender sem mais rodeios a concessão da gestão do HC à nova empresa pública de direito privado, como informam matérias de hoje do jornal Gazeta do Povo e de outros veículos. 

Segundo o texto da Gazeta, o reitor diz que "a situação especialmente do HC chegou ao limite. Por isso, segundo ele, passou-se a articular um contrato de adesão à EBSERH. 'Estamos elaborando um programa de administração compartilhada. Não podemos permitir que deixe de ser um hospital-escola, com garantias de que as pesquisas serão mantidas e com um número adequado de funcionários, podendo até aumentar para 600 leitos ativos', ressaltou Akel".

Continua o jornal informando que "segundo o reitor, a situação financeira do HC está comprometida. Há uma dívida de R$ 10 milhões. 'Contraímos uma dívida de R$ 1 milhão por mês', diz. Com a EBSERH, a expectativa é de que a situação melhore. A proposta deverá ser apresentada e votada pelos integrantes do Conselho até 19 de junho".

Conforme comentários via Facebook do conselheiro técnico-administrativo no CoUn Daniel Mittelbach, há controvérsia sobre a data em que Zaki Akel (re)colocará o tema EBSERH na pauta do conselho superior da UFPR.  Há uma sessão do CoUn marcada para 5 de junho próximo mas, a princípio, a pauta não prevê a EBSERH nos debates.

O interessante do novo quadro é que agora pelo menos as posições estão claras.  Haverá duro e tenso embate entre setores do CoUn (a começar do reitor) pró-EBSERH e o movimento sindical, contrário desde que a nova empresa foi aprovada no Congresso Nacional.

O Sinditest, responsável local pela greve nacional da FASUBRA, em cuja pauta a rejeição da EBSERH está inclusa, anunciou para a manhã de 26/05 uma reunião de organização do ato contra a EBSERH, previsto para 5 de junho.  Curioso é terem marcado tal reunião para a sede do Sinditest, quando o QG da greve continua sendo o RU Central.

Há vários anos atrás, entrevistado num programa da rádio CBN, o ex-reitor da UFPR José Henrique de Faria disse que o CoUn sempre foi um conselho homologatório de decisões da Reitoria, jamais confrontaria o reitor em questões da vontade do principal mandatário.  A conferir, mais uma vez, a opinião do ex-reitor Faria. 

Greve da FASUBRA continua. Mas corre risco de desidratação

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Em reunião na 2a.feira (19), em Brasília, a resposta do governo à espera da FASUBRA foi desapontadora, em especial no tocante à demanda financeira. Segundo o Informe de Greve (IG) do CNG-FASUBRA de 20/05, o Secretário de Relações de Trabalho (SRT) do Ministério do Planejamento, Sérgio Mendonça, informou que “consultou ministros e a junta orçamentária, para verificar a possibilidade de alguma margem de manobra que permitisse avançar em proposta para dialogar com a FASUBRA.” No entanto, dessa consulta nada resultou, pois o governo “mantem a posição anterior, ou seja, entendem que estão sob a égide de um acordo [o da greve de 2012] e que a margem de manobra é zero.

Mais adiante, nesse mesmo IG, se lê que o MPOG afirma estar “convencido de que o governo fez uma boa política para os trabalhadores do serviço público” e que existe incompreensão por parte da FASUBRA nessa negociação. Acrescentou, no entanto, que entende ser “preciso uma alteração no processo de relação que temos hoje na mesa de negociação, pois considera que o mesmo se esgotou, está falido, e que há necessidade de rever alguns conceitos, talvez no segundo semestre deste ano”. Finalizou indicando a “necessidade da regulamentação das convenções 151 [negociação coletiva e data-base no serviço público] e 154 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), do direito de greve, o efeito dos acordos, a relação com o parlamento”.

Nessa conversa, pelo menos o MPOG reconhece a importância de se regulamentar de vez a Convenção 151 da negociação coletiva, pelo qual, todo ano, haverá uma data-base para se avaliar necessariamente o reajuste salarial.


Posicionamento do CNG e desdobramentos
Depois da frustrante conversa de 10/05, o CNG reuniu-se para avaliar e, por unanimidade, seus atuais membros votaram pela continuidade da greve nacional. O IG de 21/05 (último disponível hoje) considerou que a posição do governo foi de desrespeito. Em seguida, vem alguns parágrafos com uma tentativa de análise de conjuntura econômica nacional (ligeira, superficial).

Sem abordar o quadro completo e real do nível de mobilização das bases sindicais, o CNG então orienta “ampliar a greve, com ações que devem ser sincronizadas e cumpridas por todos para que deem visibilidade e forcem o governo a atender nossa pauta e para isto é preciso que cada companheiro da base venha fortalecer o movimento, como por exemplo, o que aconteceu na UFAL, onde os trabalhadores decidiram suspender os pagamentos a empresas, como água, luz etc para pressionarmos o governo a abrir as negociações.” Fora isso, não há indicativos mais concretos de como e quando realizar-se uma iniciativa com o condão de pressionar contundentemente a intransigência atual do governo, tal como pretendido no CNG.

Apesar de ser necessário, para preservar a dignidade do movimento dos trabalhadores, manter a greve no momento imediato à reunião frustrante, ainda não se viu uma análise realista do nível de mobilização em todas as IFES onde se considera haver paralisação. Nesse mesmo IG, de um total de 38 entidades sindicais com bases ditas em greve (5 não estão em greve), apenas 24 delas tem representantes hoje presentes no CNG. Onde estão as demais 14 entidades em greve? Também tem havido muito poucos informes de base nos IG's relatando ações massivas e radicalizadas da paralisação.

No caso da UFPR e outras bases do Sinditest, por exemplo, o quadro real da paralisação é muito insatisfatoriamente conhecido. O que realmente está paralisado, em cada setor e campus, em que grau? A atividade no RU Central, o único parado, nas últimas semanas parece ter mesmo se resumido às assembleias ordinárias de terças e quintas (e não consta registro de ter havido assembleia ontem). No HC, grande foco de atenções e tensões da greve, o percentual de grevistas estaria em quanto? 5% do total?

Outro problema é que, tomando aos poucos conhecimento de que o governo pode ter definitivamente batido a porta na cara da FASUBRA para novas negociações este ano, a parcela paralisada da base da categoria tome paulatinamente a iniciativa de retornar ao trabalho, sem esperar que seus dirigentes sindicais resolvam recuperar contato com a dura realidade.

Em resumo, pelo CNG a greve nacional continua. Mas pode estar se desidratando a pouco e pouco nas bases.
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Foto: site da FASUBRA

UJS reune 3 mil militantes de todo o Brasil em Congresso no DF

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O 17o. Congresso da União da Juventude Socialista (UJS), com o tema “Amar e mudar as coisas”, começou nesta quinta-feira (22), em Brasília. A entidade espera receber mais de 3 mil jovens de todos os estados brasileiros, cumprindo variada programação. Já no ato político de abertura os militantes mostraram a que vieram, homenagearam os revolucionários da Guerrilha do Araguaia e exigiram a revisão da Lei da Anistia, com a identificação e punição dos torturadores da ditadura militar. As atividades seguem até domingo (25).

Hoje, nós da União da Juventude Socialista estamos reunidos na cidade de Brasília para fertilizar mais uma vez o solo brasileiro com os nossos sonhos. Há 30 anos estamos caminhando e plantando neste país as sementes de uma sociedade mais justa, igualitária, desenvolvida e livre. Uma sociedade com a cara da sua juventude, com vontade de transformação, uma sociedade que quer ir mais longe. Estamos aqui hoje representando cada um dos 27 estados para fazer história mais uma vez. O socialismo tarda, mas a nossa luta não falha. Que comece agora o 17º Congresso da UJS”, afirmou o presidente da entidade, André Tokarski, no ato de abertura.

O ato aconteceu na tenda “Osvaldão”, em homenagem ao herói negro da Guerrilha do Araguaia. Todas as tendas do congresso este ano levam o nome de um revolucionário. Há também os espaços Anita Garibaldi, Dina, Che Guevara, João Amazonas, Loreta Valadares e Luís Carlos Prestes.

A homenagem aos guerrilheiros do Araguaia também foi feita com músicas, o cantor e compositor Itamar Correa apresentou a canção “Xambioá”, e emocionou os jovens socialistas. Outro ponto que chamou a atenção foi a “Terrinha do Araguaia”, os participantes foram presenteados com um pequeno frasco cujo conteúdo é a terra da região do Araguaia, trazida diretamente de Xambioá.

Essa é a terra pura do Araguaia, que nós deixamos como lembrança do nosso passado e inspiração para o futuro. Foi nesse chão, no interior selvagem do Brasil, que aconteceu um dos maiores episódios de resistência popular da história brasileira”, explicou André.

Para celebrar a abertura oficial do Congresso, foram convidados para participar da mesa “Tarda mas não falha: em defesa da Justiça, memória e Verdade” um dos oito sobreviventes da Guerrilha do Araguaia, Zezinho do Araguaia; o cineasta comunista Vandré Fernandes; a pós-doutoranda da UFPI, Deusa de Sousa; a ex-dirigente da UJS e neta de Luis Carlos Prestes, Ana Maria Prestes; e a ex-mulher do comandante, Maria Prestes.

Quem não conhece a história do Brasil, deve se aprofundar nas lutas políticas que aqui foram travadas. É preciso ler, é preciso entender as raízes de todas as nossas desigualdades. Não tenham vergonha de discutir a realidade. Esse Congresso é uma das portas para alcançar esse tipo de conhecimento”, afirmou Maria Prestes.


Zezinho do Araguaia, um sobrevivente
Sorriso fácil, fala mansa e semblante sereno, embora sejam visíveis as marcas dos 76 anos de idade, grande parte deles vividos na clandestinidade. Este é Micheias Gomes de Almeida, também chamado de Zezinho do Araguaia, um dos mais de 80 codinomes usados por ele para fugir da repressão, mas que também o tornou conhecido e até hoje visto como um herói no norte de Tocantins.

Zezinho (foto ao lado) é um dos oito sobreviventes da Guerrilha do Araguaia, movimento político armado que tentou derrubar a ditadura militar nos anos 1970. Ele participou de vários combates em três anos de militância armada. Só em 1997 pode usar seu verdadeiro nome. Antes, por questões de sobrevivência, usava nomes e documentos falsos. Mas não se arrepende. “Minha vida toda defendi a liberdade do meu país. Eu vivo com isto e a Guerrilha do Araguaia foi um movimento de amor pela liberdade. Minha vida é pautada nessa luta”, disse o guerrilheiro.

Zezinho foi um dos precursores da Guerrilha do Araguaia, onde chegou em 1971 para participar da preparação militar dos guerrilheiros e só saiu depois das últimas batalhas no Pará, Goiás e no Maranhão. Antes de se despedir do 17º Congresso da UJS, Zezinho fez um pedido aos jovens socialistas: “Vocês são os operários da ciência e do desenvolvimento. Depois desse encontro, peço que continuem a luta das mulheres guerrilheiras que queriam que os estudantes fossem reconhecidos como trabalhadores da ciência. Essas mulheres tombaram em busca desse ideal. Eu não posso fazer muito, mas estou com vocês nessa batalha”.
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domingo, 18 de maio de 2014

Não custa lembrar aquele 1995-2002

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O que se espera é que a equipe econômica de Dilma não queira repetir a fórmula furada de FHC.  Mas a pressão da grande mídia - JN da Globo, Veja, Folha SP etc - é para que ela repita. Pior é ter servidor que lê, assiste e acredita nessa mídia inimiga nojenta.

Greve sem informes

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Qualquer servidor que busque uma informação, um comentário, uma avaliação sobre as perspectivas da atual greve da FASUBRA e for tentar isso no site da Federação acaba frustrado.  Após quase dois meses de greve, neste mês de maio só existe UM informe de greve (IG), o mesmo que dá relato da caravana a Brasília e a conversa informal com o assessor do MPOG (figura ao lado).

Desde então - 9 de maio, data desse último IG - já passa mais de uma semana mas o Comando Nacional parece não ter nada a dizer a suas bases. Estão fazendo o quê? No mínimo o CNG poderia repassar aos sindicatos as avaliações das diversas correntes internas da FASUBRA sobre possíveis desfechos da greve diante do que o governo vier a oferecer, ou não oferecer (podem não oferecer nada até 22 de maio).  Por exemplo, saiu por aí nas frestas da internet um papo de que o governo concederia um certo aumento no vale-alimentação.  Isso basta para encerrar uma greve nacional?  Seria só isso?  Enfim, nada se sabe com certeza, e esse é o mau estado da comunicação desta greve.

Além disso, o Sinditest sempre tem um ou mais representantes seus no CNG. Na assembleia de 13/05 foram eleitos mais 4 ou 5 TAEs para ir a Brasília. Qual a dificuldade dessas pessoas de se comunicarem diretamente com seus colegas aqui em Curitiba? Nunca se viu tornado públicoum informe sequer de qualquer desses delegados (comunicado individual) enviado de Brasília, do CNG, para sua base aqui. E não é por falta de computadores no CNG e na casa da FASUBRA.  

sexta-feira, 16 de maio de 2014

Encontro de Blogueiros Progressistas começa hoje com presença de Lula

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O ex-presidente Lula estará presente no IV Encontro Nacional de Blogueiros e Ativistas Digitais, que começa hoje e vai até 18 de maio em São Paulo. Sua participação foi confirmada pela assessoria do Instituto Lula nesta quinta-feira. Logo na manhã de hoje (16), o ex-presidente deverá tratar de vários temas, como o papel da mídia tradicional, as eleições de 2014 e a importância do ativismo digital. A decisão de convidá-lo foi tomada pela comissão nacional do movimento dos "blogueiros progressistas" - nascido em agosto de 2010 e também batizado de "BlogProg".

Diante das manipulações da mídia monopolizada, o ex-presidente tem dado grande importância aos que atuam na internet. Ainda no exercício do cargo e em pleno Palácio do Planalto, ele concedeu a primeira entrevista coletiva na história do Brasil a um grupo de blogueiros, em novembro de 2010, o que gerou raivosa reação dos barões da mídia. Em junho de 2011, Lula participou do II Encontro Nacional dos Blogueiros, em Brasília. Em abril passado, o ex-presidente voltou a falar com os blogueiros, numa segunda entrevista coletiva que também gerou violenta reação da velha mídia.

Maiores informações sobre o IV BlogProg no site do Centro de Estudos Barão de Itararé -www.baraodeitarare.org.br

quarta-feira, 14 de maio de 2014

Esse dinheiro tirado da Saúde que foi todo pra Copa... tsc, tsc

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O gráfico acima mostra como os governos Lula e Dilma tiraram dinheiro da Saúde (Ministério) e botaram tudo na Copa, certo?  Em 2003, o orçamento deixado por FHC foi de R$31,2 bilhões. Dez anos depois, esse orçamento "só" aumentou em 3,4 vezes, indo a 106 bilhões para 2014 (e ainda teria aquela receitinha besta de R$40 bilhões/ano a mais,  da CPMF, não fosse ela extinta pela turma da direita do PSDB/DEM/PPS, com ajuda de Heloísa Helena, no Congresso em 2005).

O custo de todos os 12 estádios da Copa de 2014 é de R$8 bilhões, todos eles na forma de empréstimos - não de investimentos públicos - do BNDES, portanto, dinheiro a ser devolvido ao banco estatal nos prazos contratuais.

Mas quem só quer reclamar, quem se deixa levar pelas mentiras, calúnias e confusões criadas pela mídia monopolista (de direita), não quer saber desses números, não é mesmo? Pois só quer reclamar e dar uma de papagaio gratuito da direita.

CGU e UFPR cobram 800 mil do Sinditest por restaurantes fechados

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RU Central, tradicional QG de greve da FASUBRA

847 mil reais – essa a quantia que CGU (Controladoria Geral da União) e Reitoria da UFPR estão exigindo do Sinditest desde ontem, quando foi entregue ao sindicato a “Notificação” abaixo estampada [clique na figura para ampliar]. A notícia foi publicada hoje no site da UFPR, com links para esse documento e um outro, da CGU, que explica os motivos da pesadíssima cobrança.


Como dissemos em postagem anterior, já na assembleia de greve de ontem, o servidor do RU Central Gessimiel “Paraná”, informado por seu chefe imediato Lineu, deu conhecimento a todos os presentes do problema gerado a partir da inspeção da CGU nos restaurantes.

O motivo da cobrança é justamente o tipo de entendimento que a CGU formou sobre a ocupação dos RU's pelo movimento grevista, que impediria o trabalho normal dos terceirizados, cujo contrato e pagamento de salários precisam ser honrados pela UFPR. Os terceirizados – que hoje poderiam tocar sozinhos as atividades usuais dos RU's – continuam recebendo os salários mas sem trabalhar, embora não estejam em greve. Isto a CGU caracterizou como danos sociais e financeiros, por considerar que o RU presta uma atividade de assistência em especial aos estudantes carentes.

Em 20 de março começou a greve da FASUBRA, tomando imediatamente o RU Central para ser QG da greve, como era usual em greves anteriores; dias depois foram fechados os demais RUs (Agrárias, Botânico, Politécnico).

A Reitoria propôs então, à Diretoria do Sinditest, um acordo para continuar atendendo usuários mais carentes, pelo qual o movimento poderia manter o RU Central como sede, mas deixaria abertos os demais. A proposta do acordo foi ignorada pelo Sinditest.

Em abril, contudo, a UFPR conseguiu reabrir os RUs dos Setores de Agrárias e Jardim Botânico. Simultaneamente, fiscais da CGU já estavam observando o quadro criado com o fato de pessoal terceirizado não poder trabalhar nos RUs mas ter que ser pago pela exigência contratual entre UFPR e empresa terceirizadora. Mais uma auditoria específica sobre o caso foi aberta sobre a UFPR pela CGU. O resultado disto é que a CGU instou a UFPR a tomar providências imediatas sobre os ditos custos financeiros e sociais.


Um dado novo deve ser considerado: atualmente o pessoal estatutário nos RU's é bastante reduzido, enquanto o quadro de terceirizados já consegue realizar, sozinho, praticamente todas as tarefas típicas nessas unidades. Estando o espaço de trabalho fechado ou ocupado devido à greve, os terceirizados não podem desempenhar suas tarefas, mas, não estando em greve (eles filiam-se a outro sindicato), tem direito a continuar recebendo os salários por força de contrato. A não-oferta dos benefícios aos carentes da UFPR é considerada pela CGU um dano social, cuja conta ela quer que o Sinditest pague. E é salgadíssima, se não houver por onde o sindicato fugir dessa cobrança. Não deve ser o caso de esgrimir bravatas para enfrentar a situação.

terça-feira, 13 de maio de 2014

Greve da FASUBRA: compasso de espera e de mobilização

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Em torno de 100 pessoas compareceram na manhã de hoje ao RU Central da UFPR para mais uma assembleia geral da greve. O centro do debate foi a avaliação positiva sobre a caravana a Brasília realizada em 6-7 de maio e alguma análise sobre perspectivas próximas do movimento, depois da conversa havida entre o CNG-FASUBRA e o assessor da ministra do Planejamento, em 7/5.

Interviemos nesta assembleia apresentando avaliação já publicada dias atrás neste Blog, de que o elemento de esperança do momento é o prazo de 15 dias dado pelo assessor do MPOG Sérgio Mendonça quando dessa conversa durante a agitação em Brasília. Até 22 de maio a categoria faz atividades de agitação da greve e fica no aguardo do pronunciamento do governo sobre possível reabertura de negociação, com a apresentação de algo além do já oferecido em documento do MEC de 14/03 e do MPOG de 08/04. Entretanto, é preciso estar pronto para a chegada do dia 22/05 sem que nada surja de novo, obrigando o movimento a refletir seriamente sobre continuar dando murro em ponta de faca ou suspendendo-o para retomada mais adiante.

Durante a assembleia, o servidor Gessimiel “Paraná” colocou informe preocupante sobre a cobrança, por parte da Reitoria da UFPR sobre o Sinditest, de cerca de 800 mil reais relativos a alegados prejuízos sociais e financeiros decorrentes do fechamento dos RU's, uma exigência feita pela CGU (Controladoria Geral da União) sobre a UFPR. Sobre este assunto trataremos em outra postagem. Inobstante o servidor “Paraná” por vezes colocar questões que mortificam o pique da greve, como essa, não é isso motivo para seus adversários, em réplica, o xingarem de “calhorda” e “salafrário” como ocorreu nesta assembleia; trata-se de ofensas morais que só espalham ódio dentro do movimento. Não pode ser assim que dirigentes sindicais queiram construir unidade na ação.

TAEs e alunos chegam à porta já trancada da Reitoria

Finda a assembleia, perto do meio-dia, uma parte dos servidores juntou-se a estudantes no pátio da Reitoria, soprando apitos e buzinando, para criar uma agitação que pressionasse o reitor a receber os manifestantes. Cerca de 100 pessoas foram até a porta do prédio da administração central e exigiram ser recebidos para debater pautas de reivindicação locais (tanto de TAEs como de alunos organizados pelo DCE). 

Porta fechada, Pró-reitora conversa com manifestantes

A segurança manteve as portas da Reitoria fechadas e desceu ao térreo a pró-reitora de Planejamento Vera Montanhini para entender-se com os manifestantes, mas, até a hora em que lá estivemos, permanecia a porta fechada e o apitaço mantido do lado de fora.

A próxima assembleia ordinária de greve, na 5a. Feira (15) à tarde, foi remarcada para a Praça Santos Andrade, para que ali se realize mais uma agitação da greve da FASUBRA.

De repente, voto facultativo

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Apenas como registro, anote-se esta data, 13 de maio, como o dia em que a imprensa dá a partida ao que pode ser seu novo mantra para resolver o problema da política. O problema da política, no caso, é o fato de que a maioria dos eleitores não dá a mínima para o que diz a imprensa. Habituados a fazer e desfazer governos, os grandes jornais e os demais meios que lhes são acoplados pelo processo de concentração de poderes não se conformam com a perda de influência sobre a sociedade.

Por Luciano Martins Costa, no Observatório da Imprensa

O mantra que vem aí é o do voto facultativo.

A Folha de S. Paulo deu partida à campanha, com uma pesquisa Datafolha publicada no domingo (11/5) na qual aparece pela primeira vez uma maioria (61%) contrária à obrigatoriedade do voto. Na edição de terça-feira (13/5), um artigo na página de opinião procura reforçar a posição do jornal, exposta em editorial. Os dois textos se referem a “questões lógicas” e ao conceito segundo o qual o voto é um direito, não um dever.

Sem entrar diretamente no debate a favor ou contra o voto obrigatório, pode-se encontrar elementos interessantes na súbita preocupação da Folha com a suposta liberdade de escolher entre votar e não votar, que provavelmente será seguida pelos outros veículos da mídia predominante.

A rigor, o cidadão já tem essa alternativa, bastando comparecer à urna e anular o voto, ou deixá-lo em branco. Aliás, o editorial do jornal paulista usa a favor do voto facultativo o crescente número de votos invalidados nas eleições recentes, quando parte disso se deve possivelmente a dificuldades no uso do equipamento eletrônico.

Soa hipócrita o argumento de que o eleitor deveria se deslocar para os locais da votação movido por sua consciência cívica e não tangido pela lei, dada a preferência manifestada pela maioria, de escolher o campo partidário ao qual a imprensa hegemônica claramente se opõe.

segunda-feira, 12 de maio de 2014

Aparelho, doce aparelho!

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O sindicato, agora em nova fase gerencial SindiPSTU(bo)-QI, anuncia novos cursos para melhor preparar os fieis à ascensão ao paraíso sem picaretas. Confira:

1.Curso de Artes Marciais mistas Palmares e Plantares - porque o inimigo de crasse dá rasteiras, até mesmo assumindo a forma de aposentados enfermos.

2.”Parcialismo Básico” - Curso de Comunicação Sindical. Calúnia, injúria e difamação em 3 lições; Tópicos avançados de ofensa chula contra adversários nas redes sociais; como impedir o direito de resposta em impressos e em sites sindicais.

3.”Auditoria sindical com mistério e sem encaminhamento” – oficina com direito a certificado e habilitação para ocultação de relatórios e perícias imobiliárias fantasmas.

4.Curso de Assessoria Jurídica Flash – aprenda a montar o escritório jurídico de sua corrente, sem licitação, em outros sindicatos também aparelhados e por aparelhar.

5.”Democracia Obreira sem Pluralidade” - curso de ciência política de 40 horas apenas para ungidos que completarem os quatro itens acima. Inclui aulas práticas de direção em trator “Manobrillar” em ambiente de simulação de assembleias sindicais. Os aprovados recebem conceito especial para integrar futuras chapas sindicais e de órgãos colegiados universitários.

6.”Porque o problema é só falta de vontade política para fazer a Revolução” - seminário de aprofundamento teórico, em regime de internato fechado em Shangri-lá, tendo por leitura obrigatória prévia a obra “O Programa de Transição”, de Lev Davidovich.

Vamos nessa, entrar e surfar nesse tubo! Com estas e muitas outras iniciativas de educação político-ideológica RMRPC (Revolucionárias-Mas-Revolucionárias-Pra-Cacete), os trou-, digo, trabalhadores subirão a um novo patamar de organização em que certamente colherão frutos inimagináveis.

Projeto sobre Direito de Resposta é fundamental para democratizar mídia

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Tema de fundamental importância para a democratização da comunicação no país, de acordo com a deputada Luciana Santos (PCdoB-PE; foto), o direito de resposta volta a ser debatido na Câmara, em forma de Projeto de Lei, na próxima semana [12-16/05]. A relatora do PL afirma que a ala favorável à aprovação é maioria e quer a votação ainda antes do recesso para a Copa do Mundo.

Por Felipe Bianchi, no site Barão de Itararé

O chamado PL do Direito de Resposta (6.446/2013), de autoria do senador Roberto Requião (PDMB-PR), garante voz a todo cidadão que se sinta ofendido – injuriado, caluniado ou difamado – por veículos de comunicação. O texto assegura, ao ofendido, o direito de se manifestar na mesma periodicidade, dimensão e intensidade, ou seja, proporcionalmente à agressão sofrida.

Para Luciana Santos, trata-se de um “direito básico do cidadão”, inclusive, “garantido pela Constituição”. “A luta para aprovar o direito de resposta”, argumenta a deputada, “vem desde 1967, quando a Lei de Imprensa deixou uma lacuna a ser preenchida em relação a um direito essencial para a democracia na mídia”.

Conforme ela relata, há duas emendas que prejudicam a aprovação do PL, de autoria do DEM e do PP. “As emendas preveem as possibilidades de efeito suspensivo do direito de resposta através de ordem judicial”, explica. Na avaliação da deputada, isso ocasionaria uma guerra jurídica perpétua e desigual, tanto pelo fato de que os casos flutuariam por tempo indeterminado na Justiça quanto pela disparidade entre o aparato jurídico dos grandes meios de comunicação e a grande maioria da população.

Outro ponto destacado por ela diz respeito a uma articulação deste grupo para propor, também, a retirada de um parágrafo relacionado aos serviços de rádio e TV: a proposta é que, nestes veículos, não será o ofendido que dará a resposta, mas um terceiro – por exemplo, um jornalista. “Não aceitaremos isto”, avisa a relatora.

Como a maioria na Câmara quer a aprovação do PL, ela promete insistência para que a votação ocorra antes do recesso da Copa, mas não garante que será possível. Henrique Eduardo Alves, presidente da Câmara, justificou o adiamento da votação justamente para dar tempo a um possível acordo em relação ao texto final.


Direito de resposta, mídia democrática
A deputada destacou a importância da aprovação do PL do Direito de Resposta para a luta pela democratização da comunicação no país. De acordo com ela, “será um passo importante sob a perspectiva da democracia e do combate ao monopólio informativo”.

A comunicação é um direito humano. A informação forma conceitos, reflete comportamentos e influencia tomadas de decisões", avalia. "Estamos cansados de tanta manipulação escancarada. A imprensa tem dono e os veículos impõem o pensamento e as opiniões de seus proprietários”.

A Lei da Mídia Democrática – alcunha para o Projeto de Lei de Iniciativa Popular lançado por entidades do movimento social – foi lembrada pela deputada: “Uma mídia democrática, afinada com nossa Constituição, deveria, por exemplo, respeitar a complementaridade entre os sistemas privado, público e estatal de comunicação. A Lei da Mídia Democrática, na minha compreensão, reflete essa visão de uma mídia plural para nosso país”.

Renata Mielli, secretária-geral do Barão de Itararé e do Fórum Nacional pela Democratizaçao da Comunicação (FNDC) – este último responsável pela elaboração do Projeto de Lei de Iniciativa Popular –, acrescenta que o direito de resposta é um dispositivo indispensável para a garantia da liberdade de expressão, “principalmente de pessoas e grupos que têm sido sistematicamente atacados e criminalizados pelas grandes corporações da mídia”.

Segundo ela, a sociedade brasileira tem testemunhado diversos episódios “preocupantes” protagonizados por estes grandes grupos econômicos que “estampam manchetes destruindo reputações e condenando sem provas”. “O direito de resposta”, defende, “apesar de previsto constitucionalmente, sofre da ausência de regulação e, portanto, não há parâmetros que assegurem sua vigência. Por isso a importância do Projeto em discussão na Câmara”.

sábado, 10 de maio de 2014

PGR recusa pedido de tucanos para acabar com Programa "Mais Médicos"

Um comentário:
Dilma cumprimenta médico cubano Juan Delgado, que atua no Maranhão

Frágil e insubsistente. Foi assim que o Procurador Geral da República Rodrigo Janot não deu prosseguimento e arquivou uma maldade dos tucanos contra 50 milhões de brasileiros idosos ou mais pobres ou moradores do interior que precisam do SUS. Era o pedido de investigação feito pelo PSDB de Aécio Neves para acabar com o programa "Mais Médicos".

O pedido tucano usava o xingamento preconceituoso de chamar de "escravos" os médicos cubanos que vieram ajudar no Brasil, e pediam para processar o ex-ministro da Saúde Alexandre Padilha (PT-SP) e o ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante (PT-SP) por trabalho escravo.

Janot alegou que a denúncia “se revela como frágil e insubsistente” e “Não se tem, até o presente momento, elementos que apontem para a ocorrência de prática ilícita e indiquem dolo dos representados em relação ao crime do art. 149,11, do Código Penal”.

Estes médicos são na verdade funcionários de carreira do governo de Cuba em missão temporária no Brasil.

A representação tucana, assinada pelo deputado fanfarrão Antônio Imbassahy (PSDB-BA), mas representando todo o PSDB, causaria na prática o fim do "Mais médicos", se o pedido dos tucanos fossem adiante proibindo os médicos de Cuba de trabalhar no Brasil.

Por que tanta maldade de Aécio Neves e dos tucanos contra 50 milhões de brasileiros, das cidades do interior e também os cidadãos pobres das periferias das grandes cidades? Eles perderiam a cobertura médica pelo SUS que conquistaram com o "Mais Médicos".

Quem usa o SUS, ou mesmo quem não precisa mas coloca a mão na consciência e se solidariza com quem usa, deve se lembrar disso na hora em que a tucanada vier pedir votos fazendo cara de bonzinhos.

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Fonte: site Amigos do Presidente Lula

Autoritarismo dá o tom na diretoria do Sinditest

Um comentário:
Um trabalhador filiado ao Sinditest foi expulso da assembleia dos servidores da FUNPAR nesta última sexta-feira (9), no HC, quando procurava meramente assistir aos debates.  A diretoria do Sinditest convenceu e induziu parcela dos presentes à assembleia a votar para que o servidor saísse do auditório pelo fato de ser do RJU, porque supostamente "calunia" a diretoria nas redes sociais e estaria ali para espionar "a serviço da Reitoria.

"Crimes" terríveis, não é mesmo? E todos supostos, imaginados, frutos de uma espécie de paranoia persecutória que acomete alguns diretores do Sinditest, que se acham "ungidos" por alguma divindade ultraesquerdista e os únicos a saberem a verdade luminosa para conduzir as massas "ignaras". Logo, discordar das opiniões dos principais dirigentes dessa Diretoria é cometer heresia, "crime" que, na Idade Média, era punido com o banimento, a execração, a fogueira.  

Não é a primeira vez que certos "Torquemadinhas" dessa Diretoria sindical aprontam.  Do mais truculento deles já partiu até um golpe no rosto de um aposentado doente, em frente ao RU.  Outro publicamente xingou com palavras de baixo calão, na rede social Facebook, uma servidora que dele divergiu politicamente. E agora o episódio da expulsão de um local público, em uma assembleia pública, de um filiado que também ajuda a sustentar a entidade que deveria ser de todos.

A "bíblia" que orienta politicamente os torquemadinhas tem trechos que apontam para esse tipo de rotulagem, perseguição e demonização de adversários políticos.  O autor dessa "bíblia", Leon Trotsky, tinha posicionamentos estranhos na opinião do grande chefe revolucionário russo Lenin. Trotsky, por exemplo, achava que todos os sindicatos deveriam ser militarizados e postos diretamente ao serviço, como correias de transmissão, do novo Estado revolucionário socialista, com isso perdendo seu caráter de entidades de massa, de todos os sindicalizados, para se tornarem meros apêndices do Estado ou de um partido.  Lenin se opôs a isso e muito escreveu para desmascarar posições arbitrárias de Trotsky.

Assim, o que acontece atualmente no Sinditest tem uma origem , uma fundamentação político-ideológica.  O problema é que, a persistir o abuso autoritário, o mandonismo, a truculência verbal e/ou física, o sindicato de fato pode deixar de ser de todos os filiados, para virar aparelho sob a chibata das vontades do partido político de seus diretores.  E aí, o movimento será apenas dos poucos "iluminados", os puros ungidos pela Quarta Internacional.

À espera de uma mesa de negociação

Um comentário:
O último Informe de Greve (IG) do Comando Nacional de Greve (CNG) da FASUBRA, datado de 9/5, apresenta uma avaliação, positiva, da iniciativa da caravana dos TAEs a Brasília, no sentido de que fez sua demonstração pública na capital federal e logrou realizar uma conversa (foto acima) com representantes do MPOG e MEC.  O grosso da manifestação, que reuniu entre 1.500 e 2.000 ativistas na capital federal em 6 e 7 de maio, era de TAEs da FASUBRA, secundados pifiamente por uns poucos manifestantes do SINASEFE e do ANDES.

Esse mesmo IG da FASUBRA, o único até agora publicado no mês de maio, traz o seguinte trecho acerca da conversa de membros do CNG-FASUBRA com Sérgio Mendonça, assessor da ministra Miriam do MPOG:

"Na reunião [em 07/05], o Secretário de Relações de Trabalho do MPOG, Sr. Sérgio Mendonça, com a presença do Secretário de Ensino Superior do MEC, Sr. Paulo Speller, deixou explícito que até aquele momento não havia perspectiva de avanços para os grevistas da FASUBRA em relação à proposta apresentada pelo governo. Mas que as ações da greve impactaram politicamente e solicitaram um prazo de até 15 dias para responder sobre uma possível abertura do processo negocial, pois teriam que abrir um debate interno no governo, para estudar a viabilidade de aumentar a margem para negociação."

O "estado-da-arte", como costumava dizer o saudoso professor de História e ex-reitor da UFPR Carlos Antunes, é esse: não há perspectivas agora, mas... haveria uma certa chance de que, em 15 dias (isto é, até 22 de maio), o governo possa reabrir uma mesa em que venha a apresentar alguma contraproposta à pauta de reivindicações do pessoal do RJU.  Eis o fiapo de esperança de a greve ainda obter alguma coisa. Fora disso, será chover no molhado, mas com sério risco de desgastar o importante instrumento de luta dos trabalhadores que é a greve, se mantida artificialmente ou tiver foco de pauta redirecionado.
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Foto: Fasubra