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quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

FUNEAS e auxílio-mansão de juízes aprovados na ALEP: Richa comemora

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Jantar nababesco oferecido pelo governador Beto Richa no Jockey Club, em Curitiba, esta noite, reuniu deputados, juízes e conselheiros do TCE; tucano e magistrados comemoram a aprovação do 
auxílio-moradia de R$ 4 mil e a privatização da saúde pela Assembleia.

O governador Beto Richa (PSDB) comemora em jantar, neste exato momento [22 horas de 25/02], com juízes, desembargadores, deputados e conselheiros do Tribunal de Contas, a aprovação pela Assembleia Legislativa do auxílio-moradia de R$ 4 mil para os magistrados do Paraná.

O requintadíssimo regabofe, com carnes nobres importadas da Argentina e champagne Brut Veuve Clicquot, está acontecendo no Jockey Club.

Nada de registro. Sem imprensa, sem jornalistas, tudo secretíssimo! Mas um orelha seca do blog está presente no evento.

Os convivas também comemoram a privatização da Saúde, com a criação da Fundação Estatal de Saúde (Funeas)*. É mole ou quer mais, caro leitor?
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Fonte do texto e imagem: Blog do Esmael Morais, em 25/02/14
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(*)A proposta da FUNEAS (fundação estatal de direito privado, muito parecida com a EBSERH dos hospitais universitários federais), foi votada da seguinte maneira ontem à tarde na Assembleia Legislativa:

# A favor: 37 deputados estaduais

Adelino Ribeiro (PSL), Ademar Traiano (PSDB), Ademir Bier (PMDB), Alceu Maron (PSDB), Alexandre Curi (PMDB), André Bueno (PDT), Artagão Jr. (PMDB), Bernardo Ribas Carli (PSDB), Cantora Mara Lima (PSDB), Douglas Fabrício (PPS), Dr. Batista (PMN), Duílio Genari (PP), Elio Rusch (DEM), Evandro Jr. (PSDB), Fernando Scanavaca (PDT), Francisco Bührer (PSDB), Gilson de Souza (PSC), Jonas Guimarães (PMDB), Luiz Accorsi (PSDB), Luiz Carlos Martins (PSD), Marla Tureck (PSD), Mauro Moraes (PSDB), Nelson Garcia (PSDB), Nelson Justus (DEM), Ney Leprevost (PSD), Osmar Bertoldi (DEM), Paranhos (PSC), Pastor Edson Praczyk (PRB), Pedro Lupion (DEM), Plauto Miró (DEM), Rasca Rodrigues (PV), Roberto Aciolli (PV), Rose Litro (PSDB), Stephanes Jr. (PMDB), Tercílio Turini (PPS), Teruo Kato (PMDB) e Wilson Quinteiro (PSB).

# Contra: 14

Anibelli Neto (PMDB), Caíto Quintana (PMDB), Cleiton Kielse (PMDB), Elton Welter (PT), Gilberto Martin (PMDB), Gilberto Ribeiro (PSB), Luciana Rafagnin (PT), Nelson Luersen (PDT), Nereu Moura (PMDB), Péricles de Mello (PT), Professor Lemos (PT), Tadeu Veneri (PT), Toninho Wandscheer (PT) e Waldyr Pugliesi (PMDB).

# Não votaram – 2

Enio Verri (PT) e Hermas Jr. (PSB).

O presidente da ALEP, Valdir Rossoni (PSDB), vota apenas se houver empate.

4o. Encontro Nacional de Blogueir@s Progressistas em maio

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Nos dias 16, 17 e 18 de maio em São Paulo, são aguardados 500 ativistas digitais de todo o país. A organização do encontro disponibilizará hospedagem para os 200 primeiros inscritos de fora da capital paulista e alimentação para os 500 participantes.

Na sexta-feira, 16 de maio, o Encontro Nacional promoverá um Seminário Internacional que se propõe a dar continuidade aos debates do 1º Encontro Mundial de Blogueiros realizado em outubro de 2011 em Foz do Iguaçu (PR). Sete conferencistas internacionais participarão dos debates sobre mídia, poder e América Latina, seguido de um debate sobre a luta pela democratização da mídia no Brasil.

No sábado, 17 de maio, a proposta é retomar a experiência do primeiro encontro nacional realizado em 2010 por meio das desconferências. As atividades iniciam com um debate sobre a juventude e a força das novas mídias e será seguido das desconferências, em que serão formados grupos de debates. Nesses grupos, o debate será iniciado por ativistas convidados e todos os participantes terão vez e voz para relatar suas experiências e participar dos debates. Após as desconferências, os grupos voltam a se reunir para um debate sobre a mídia e as eleições de 2014, seguido de uma festa de confraternização.

No domingo, 18 de maio, os debates serão sobre a Carta de São Paulo e ações do movimento de blogueir@s e ativistas digitais.

As inscrições já estão abertas na página blogprog.com.br/inscricoes. As taxas de inscrição são R$ 50 (cinquenta reais) para os participantes em geral e R$ 20 (vinte reais) para estudantes, sendo necessário o envio do comprovante de matrícula na instituição indicada para o email inscricoes@blogprog.com.br.
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segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

"Não vai ter Copa" é um chute de rosca

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Li a entrevista de um suposto black bloc supostamente chamado Pedro, no Estadão, que diz que supostamente não é contra a Copa nem futebol, mas...

Por Flavio Aguiar, no site Carta Maior

Chute de rosca é aquele em que o jogador bate de raspão na bola, que sai para cima ou para um lado, rodopiando que nem pião, e pode dar tanto na vidraça do vizinho, como no próprio gol ou ainda na cabeça de quem chutou.

É o que está acontecendo com o chute chamado ‘Não vai ter Copa’, que preparou mais uma edição no sábado, dia 22.

O que chama a atenção na proposta é a construção de hipocrisias e desinformação que vem animando o movimento.

Li a entrevista de um suposto black bloc supostamente chamado Pedro, no Estadão, que diz que supostamente não é contra a Copa nem futebol, mas que é a favor de educação e serviços públicos de qualidade. Grande hipocrisia. Porque o que lhe interessa é dizer que vai jogar molotov em “ônibus de gringo” (aliás, uma expressão, no contexto, racista), para que eles tenham medo de ficar no Brasil e vão embora.

Se isto é ser a favor de educação, etc., somos todos os outros micos de circo. Além do mais, quem é a favor de educação, etc., faz manifestação, mata a cobra e mostra a cara – porque pau não tem, já que vai desarmado para a praça pública.

Tudo está baseado no argumento de que o dinheiro público “gasto” (na verdade, investido, com retorno no futuro) com os estádios, deveria ser usado em escolas e hospitais. O argumento desconhece a natureza e os labirintos de um orçamento público ou de um banco como o BNDES. Mas não importa: é repetido ad nauseam por inocentes-úteis (onde a inocência bordeja - ou poreja – a má fé) e cobras-criadas.

Aí entra o papel da velha mídia e dos arautos do caos. Como as oposições midiáticas e extramidiáticas não podem expor o seu programa verdadeiro (ver, a propósito, post no meu Blog do Velho Mundo), o que lhes resta é apostar no caos, numa catástrofe que detenha o governo Dilma, que a melindre nacional e internacionalmente. Nada melhor do que a Copa. Nada melhor do que o fracasso da Copa. Nada melhor do que a violência durante a Copa. Até porque ainda crêem que a Copa possa “eleger” ou “deseleger” a Dilma. Caramba, cambada, vai ser a economia e a política, talvez na ordem inversa.

Os arautos na mídia dizem que são contra, que não pregam a violência. De fato: não pregam. Mas chamam. Esperam.

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Fonte: Carta Maior de 20/02/2014

Assembleia do Sinditest sobre a misteriosa Auditoria. Pra inglês ver?

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Depois de tantas cobranças de servidores da base do Sinditest, a diretoria - ao que parece - marcou uma assembleia geral para dar conhecimento público dos resultados da Auditoria de contas do sindicato concluída no 2. semestre de 2013.  A assembleia estaria marcada para 26 de fevereiro, no HC.

Dizemos que "parece" que marcaram uma assembleia porque no site do Sinditest não há nenhuma chamada para essa reunião, nem panfleto impresso ou boletim eletrônico via email convocando os filiados.  

Fala-se da greve dos trabalhadores dos Correios no site mas nada sobre um tema que vem gerando crescente desconfiança, suspeita e curiosidade na base do Sinditest, principalmente por causa da insistência da Diretoria em não publicizar em seu site o Relatório Final completo da auditoria levada a cabo pela firma Concept.

Alguns servidores da base, nos últimos dias, puderam consultar o calhamaço do Relatório Final mas tiveram que se deslocar até a sede sindical da rua Agostinho Leão, sendo proibidos de fazer qualquer cópia.  Quem fez essa consulta, já revelou que há elementos realmente comprometedores sobre alguns ex-diretores sindicais mas também sobre diretores atuais.  Então é por isso que tanto se oculta, se esconde, se guarda a sete chaves o dito Relatório?  

Se acontecer de fato essa assembleia geral do dia 26/02, sem convocação ampla na base, é de se conferir se revelará todos os fatos levantados pelos auditores ou se será encenação de "prestação de contas", para inglês ver.
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ATUALIZAÇÃO às 18h00: tanto estava incerta essa assembleia marcada para 26/02 que ela foi remarcada, no meio da tarde de hoje, para 12 de março.  O motivo alegado pela Diretoria do Sinditest é a ausência do auditor da firma Concept em Curitiba na data anterior.  A assembleia então será em 12/03 (4a.-feira), 09h30, no anfiteatro do 7. andar do Anexo B do HC.

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Chapa 2 vence eleição da representação de técnicos nos Conselhos Superiores

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Conforme apresenta o quadro acima, a Chapa 2 "Representação efetiva, Estatuinte Já" foi a vitoriosa nas eleições para as 10 vagas de representação dos servidores técnico-administrativos nos Conselhos Superiores da UFPR (COPLAD e CEPE).  Por 514 votos a 408, a chapa 1, apoiada pela diretoria ultraesquerdista do Sinditest foi derrotada.. Espera-se agora que a  nova bancada de técnicos no COUN estabeleça um contato frequente com a base da categoria e um canal de diálogo que não vinha acontecendo com a bancada anterior comandada pelo arquipelego Wilson Messias.

Note-se que a chapa derrotada chegou perto da metade dos votos, mas mesmo assim não terá suas opiniões representadas em nenhuma vaga no COUN. Isso é uma aberração da democracia universitária.  A Comissão Eleitoral não deu atenção à proposta que este Blog fez de usar o sistema proporcional na apuração dos resultados nem tampouco o fizeram a diretoria sindical e a Chapa 1; ao contrário, disseram que isso seria  "mudança de última hora" nas regras do jogo e que, portanto, não devia ser considerada.  Agora, ficam sem voz no COUN.
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Fonte da tabela: facebook de Levi Freitas.

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Representação dos Técnicos nos Conselhos da UFPR é disputada por três chapas

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Na figura acima [clique nela para ampliar] está a composição das chapas que disputarão, no próximo 20 de fevereiro, as vagas de representação dos servidores técnico-administrativos nos Conselhos Superiores da UFPR.  No CEPE (Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão) há uma vaga de titular com seu respectivo suplente (em itálico na figura).  No COPLAD (Conselho de Planejamento e Administração) são três vagas titulares para servidores ativos e mais uma vaga titular para aposentado.

Segundo a ata da Comissão Eleitoral no site da Secretaria dos Órgãos Colegiados da UFPR, também está inscrita, à parte, uma terceira chapa que disputa somente a vaga para aposentado no COPLAD, designada "Chapa dos aposentados", integrada pelas ex-servidoras Arlete Edling e Dileta Schneider.
  
A chapa "Valorização..." é apoiada pela atual diretoria do Sinditest e compõe-se de muitos nomes só do HC.

A chapa "Representação efetiva..." perfila no campo da oposição à diretoria do Sinditest e contempla uma representação mais equilibrada entre HC e restante da UFPR.

Intitulando-se "Chapa 1", o grupo "Valorização" já está distribuindo sua propaganda na UFPR.  Seu panfleto exibe uma curiosa contradição, pois em sua página 3 consta o seguinte trecho:


A "Chapa 1" critica o fato de o ex-presidente do Sinditest Wilson Messias, hoje ainda conselheiro membro do COPLAD, ter assumido uma chefia da gestão Zaki Akel dentro do HC, razão pela qual o diretor atual do Sinditest José Carlos Assis o chama de "capitão-do-mato".  Este termo designava, nos tempos do escravagismo, o negro capataz a serviço do senhor de engenho que se dispunha a caçar os escravos fugidos.

No entanto, o candidato titular ao CEPE da "Chapa 1", Douglas Hammermüller, é (co)diretor da UFPR-Litoral.  Douglas recebeu um mandato de diretor por eleição direta na UFPR-Litoral, é verdade, mas não por isso deixa de ser um membro da administração da universidade.  Logo, o trecho no panfleto soa contraditório

Supomos que o processo de apuração de votos para proclamação dos eleitos se mantenha no sistema majoritário, ou seja, a chapa que tiver maioria de votos leva todas as vagas mesmo que a outra seja bem votada.  Este Blog defendeu a mudança para o sistema proporcional, mais representativo das opiniões diversificadas na categoria, mas não devemos ter sido ouvidos pela Comissão Eleitoral.  Mantem-se o pouco democrático sistema majoritário.

O acesso ao Relatório Final da Auditoria de contas do Sinditest

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O vídeo acima serve para mostrar como está fácil ter acesso ao Relatório Final integral da Auditoria feita nas contas do Sinditest de 2006 para cá.  

A Diretoria do Sinditest não quer publicá-lo e exige que quem quiser ver, precisa ir até a sede sindical. Parecido com o filminho acima...

Rola por aí uma informação de que haverá assembleia geral no fim de fevereiro para prestarem mais esclarecimentos sobre o Relatório "Top Secret". Esperemos a confirmação.

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

UFPR adia início das aulas do curso de Comunicação Social

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As aulas dos três cursos de Comunicação Social da Universidade Federal do Paraná (UFPR) serão adiadas em uma semana. O anúncio foi feito logo após o Ministério da Educação informar que a visita dos avaliadores que poderiam liberar o funcionamento do curso de Jornalismo não ocorreria até o dia 10, conforme previsto anteriormente, e sim na próxima semana. O curso foi impedido de receber novos alunos em dezembro, pelo MEC.

Em nota, UFPR diz que o adiamento ocorreria mesmo se a avaliação já tivesse sido feita, devido à “estruturação do Setor de Artes, Comunicação Social e Design (Sacod)”. Um problema técnico no sistema da universidade teria impedido que os alunos dos cursos de Jornalismo, Publicidade e Propaganda e Relações Públicas efetivassem suas matrículas nas disciplinas corretas. As aula dos três cursos terão início no dia 17 de fevereiro.

O adiamento das aulas foi informado aos estudantes aprovados em jornalismo pelo reitor da instituição, Zaki Akel Sobrinho, numa reunião que ocorreu na tarde desta sexta-feira. Participaram também do encontro representantes da Pró-Reitoria de Graduação (Prograd), e do Centro Acadêmico de Comunicação Social (Cacos). O reitor também comentou a possibilidade da suspensão ser mantida pelo ministério, afirmando que, nesse caso, manterá a busca por uma solução na esfera administrativa. “Respeitamos o direito à vaga adquirido com a divulgação da lista de aprovados, mas não podemos descumprir uma determinação de nosso mantenedor, que é o MEC”, disse o Akel Sobrinho, por meio da nota.

No dia anterior à reunião, quinta-feira, a advogada que acompanha os aprovados no curso de Jornalismo, Cristiane Maria Agnoletto, se encontrou com a pró-reitora de Graduação, Maria Amélia Sabbag Zainko para obter um posicionamento oficial da instituição e expor a preocupação dos estudantes. Segundo a advogada, uma ação judicial contra a universidade não está descartada, mas a medida só seria adotada no caso de uma resposta negativa do MEC quanto ao ingresso de novos alunos no curso de Jornalismo. “Nesse momento é mais prudente aguardar para ver o que acontece”, diz.


Histórico
Em dezembro, os cursos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda tiveram o vestibular suspenso porque, em duas avaliações consecutivas (2009 e 2012), ficaram abaixo da média no Conceito Preliminar de Curso (CPC), indicador que leva em conta o desempenho dos alunos no Enade e o corpo docente das unidades, entre outros quesitos.

A visita dos avaliadores, ocorrida no fim de 2013, chegou a mudar a situação do curso de Publicidade e Propaganda, que teve a suspensão revogada. No entanto, Jornalismo continua impedido de receber novos alunos.
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Fonte: Gazeta do Povo de 07/02/2014

Plenária Nacional de sindicatos da Fasubra aprova início da greve para 17 de março

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A ampla maioria dos 161 delegados presentes à Plenária Nacional Estatutária, realizada pela FASUBRA Sindical neste final de semana em Brasília, deliberou pela deflagração da greve da categoria no dia 17 de março. No total, 39 entidades enviaram representantes à Plenária. Dessas, 24 apresentaram-se com posição de assembleia a favor da greve, 7 apresentaram-se contrárias, houve 6 abstenções, uma não apresentou proposta e havia uma entidade estadual.

Depois de dois dias de debates sobre a conjuntura política e econômica do país e as demandas da categoria, tais como: o cumprimento do acordo de greve de 2012 (no que tange à resolutividade dos grupos de trabalho), o posicionamento do Governo quanto à pauta específica da categoria, o caos após a criação da EBSERH, a rejeição em garantir os turnos contínuos (30 horas), foi avaliado e aprovado que a categoria tem sim condições de implementar uma greve forte, agora no dia 17 de março de 2014.

As posições levaram em conta, principalmente, o ataque do Governo à categoria, implementado pela consolidação da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares e a falta de resposta a nossa pauta, devido a priorização, por parte do governo, da política macro-econômica, sem considerar fatores de ordem social, como a prestação de serviços públicos de qualidade à população mais carente.

Outro elemento, que influiu na decisão da categoria, foi o não reconhecimento dos títulos de qualificação e capacitação dos aposentados, acordado com o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG) durante a greve de 2012, que até a presente data não entrou em vigor, estando essa parcela da categoria sem benefícios a que teria direito conforme o Anexo IV, que trata do incentivo a qualificação. Desde o fim da greve de 2012, a FASUBRA tem realizado várias incursões tanto ao MEC, como ao MPOG, para tratar do assunto, sem, no entanto, conseguir vencer a inércia do Governo para reverter a situação.

O Brasil se tornará vitrine internacional em virtude da Copa do Mundo e a Plenária concluiu que há margem para pressionar a negociação com o governo, principalmente com o serviço público federal entrando no movimento paredista de forma unificada.

A pauta aprovada na Plenária é composta dos seguintes eixos:

* Aprimoramento da carreira (piso e step); extensão do art. 30 da lei 12772/12;

* Ascensão funcional;

* Cumprimento integral do acordo da greve de 2012; reconhecimento dos certificados capacitação dos aposentados e reconhecimento dos cursos de mestrado e doutorado fora do país, e cronograma com resolutividade para a negociação com relatórios de todos os GTs (*Reposicionamento dos aposentados;

* Turnos contínuos, com jornada de trabalho reduzida (30 horas) sem redução salarial para manter a universidade aberta nos três turnos;

*Revogação das ON insalubridades - contagem de tempo especial;

* Revogação da Lei da EBSERH com concurso público pelo RJU, pela aprovação da ADIN;

* Não à perseguição e criminalização da luta sindical; 

* Isonomia e valorização dos benefícios entre os três poderes;

* Liberação de dirigentes sindicais para o exercício de mandato classista;

*Construção e reestruturação das creches nas universidades para os seus trabalhadores, sem municipalização.

A partir da deliberação da greve e considerando a prioridade que a federação e seus sindicatos precisam dar à construção da mesma, a Direção Nacional (DN) apresentou uma proposta consensuada entre os seus membros sobre o Confasubra e o mandato da direção, que consiste em fazer uma plenária 30 dias após o término da greve para deliberar sobre o Confasubra e a prorrogação do mandato da DN até 30 de setembro de 2014. 


Calendário
* 20/02 – Dia Nacional de Luta
* 17/03 – Deflagração da greve
* 17/03 – Instalação do Comando Nacional de Greve
* 09/04 – Marcha das Centrais Sindicais com atividades nos estados
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Fonte: Fasubra

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

A conivência do PSol com os black blocs

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O PSol cometeu o grave erro de se associar aos Black Blocs. Das duas, uma: ou o partido assume o equívoco publicamente, revê sua aliança explícita com os mascarados e se afasta desse grupo de uma vez por todas, ou ele que se prepare para ser duramente rejeitado na política pelos setores democráticos.

Por Antonio Lassance, no site Carta Maior

Se o Psol tem uma convicção a defender, que o faça. O que se viu desde a morte do cinegrafista Santiago Andrade é um partido que finge que não tem responsabilidade sobre o ocorrido e, tal qual um Black Bloc, mascara suas posições na hora de enfrentar a sociedade.

Após as manifestações de junho de 2013, quando foi expulso dos protestos como tantos outros partidos, o Psol estreitou sua relação com os Black Blocs. Mas continua posando de bom moço na hora de dar entrevistas. 

Membros de sua Executiva defendem as táticas de violência de rua dos Black Blocs, enquanto seus deputados citam candidamente a não-violência de Gandhi e lamentam a morte do cinegrafista.

Ao contrário do que pretendia, não é o Psol que parece estar influenciando os Black Blocs. São os Black Blocs que estão dando a linha do Psol.


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Fonte: Carta Maior de 11/02/2014

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Na futura greve de técnicos, ir às ruas! Sem máscaras nem mascarados

7 comentários:
Em caso de efetiva deflagração de uma greve nacional dos técnicos (marcada para começar em 17 de março), é usual que o movimento faça manifestações públicas. São atos e passeatas para expor à sociedade nossas demandas sindicais e posições. De forma combativa e crítica, mas nunca violenta. Somos todos trabalhadores e trabalhadoras do serviço público, que vão à luta com a cara e a coragem. Mas de cara limpa.

Temos visto nas últimas semanas manifestações em São Paulo e Rio de Janeiro, onde se misturam bandeiras ilusórias de sabotagem da Copa do Mundo de futebol (o pessoal do “Não Vai Ter Copa”) com reivindicações justas de resistência a aumentos nas tarifas do transporte coletivo público. Enquanto se mantiveram no campo do protesto exaltado mas pacífico, tudo bem.

No entanto, em todas elas apareceram manifestantes embuçados, usando máscaras macaqueando a de um filme americano (máscara do “V”, símbolo usado hoje pelo grupo “Anonymous” e por alguns agregados que se dizem anarquistas) ou panos pretos cobrindo o rosto.

Não bastasse abusos de truculência de PMs, como a comandada pelo governador tucano paulista, os mascarados passaram a também barbarizar e vandalizar. Desta vez atingindo trabalhadores inocentes.

Em São Paulo, os mascarados atearam fogo em colchões para fazer “revolucionárias barricadas” e isso levou ao incêndio do fusquinha velho de um mero trabalhador paulistano, que tentava fugir da confusão com sua família; por sorte ninguém se feriu, mas o veículo de trabalho daquela pessoa foi carbonizado.


O pior mesmo se deu no Rio no último 6 de fevereiro, quando um irresponsável, usando pano preto para ocultar o rosto, soltou um rojão no chão que atingiu em cheio a cabeça de um cinegrafista da TV Bandeirantes. A vítima perdeu uma orelha, teve o crânio afundado, está em coma e sob risco de morrer. Se viver, sabe-se lá o grau de dano cerebral que restará(*).  Os registros de imagem não deixam dúvida de que foi um desses mascarados o autor do que está configurado como "tentativa de homicídio qualificada".

Em Curitiba também existem mascarados, comumente tratados pela designação geral de “black blocs”. Se os “BB” tem parte de suas origens na esquerda anticapitalista, isso já perdeu em muito o valor e consideração possíveis diante do clima de barbárie que (junto com exageros de polícias), ajudaram a criar nas ruas quando há protestos. 

Ninguém tem como assegurar que os “BB” sejam somente “do bem” se, debaixo de máscaras, podem se encontrar, infiltrados, meros vândalos do patrimônio público e privado, bandidos, provocadores políticos que só querem ver o circo pegar fogo para gerar instabilidade política (a qual só interessa à direita deste país, analogamente a 1964).


Por tais razões, e porque não devemos permitir que demonstrações públicas da futura greve dos técnicos das IFES sejam bagunçadas e manchadas por infiltrados provocadores, deve ser uma resolução formal do movimento que todo mascarado estará vetado. Nada devemos nem escondemos, vamos à luta de cara limpa! Mascarado não!
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(*)ATUALIZAÇÃO às 12h30: na manhã de hoje (10), foi constatada a morte encefálica do cinegrafista atingido pelo rojão lançado por um mascarado "black bloc".  Está preso um cúmplice do homicídio e parece já haver elementos para achar o assassino.

"Veja" é a barbárie: jornalismo justiceiro

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A “Veja” é a barbárie. A “Veja” – se pudesse – prenderia o pescoço do povo brasileiro no poste. Mas não vai conseguir. Vai perder – de novo.

por Rodrigo Vianna, em seu site Escrevinhador

Nas redes sociais, tarde da noite de sexta-feira, jornalistas afinados com o tucanato e militantes da esquerda extremada se esparramavam em elogios à capa da “Veja”. Eu, que procuro manter distância sanitária da revista, aproximei-me da capa. E só consegui enxergar um gesto de oportunismo barato.

A “Veja” expõe a imagem – chocante, lamentável, triste – do rapaz preso pelo pescoço num poste na zona sul carioca, e aproveita a cena não para refletir sobre a tradição oligárquica brasileira, não para pensar sobre nossa história de 300 anos de escravidão, ou sobre nossa elite que reclama de pobres nos aviões e clama sempre pela resposta fácil do liberalismo de araque e da violência de capatazes. Não. “Veja” usa a foto terrível em mais uma tentativa para desgastar a imagem do Brasil; e também – que surpresa – para culpar o “governo”. Que governo? Ah, não é preciso ser muito esperto pra descobrir…

Emoldurando a foto triste, “Veja” berra em letras garrafais: “Civilização” e “Barbárie”. E depois acrescenta a legenda malandra, velhaca: “A volta dos justiceiros, criminosos impunes, colapso no transporte, caos aéreo. Onde está o Brasil equilibrado, rico em petróleo, educado e viável que só o governo enxerga”.

Certamente, o Brasil “equilibrado” não está nessa revista. “Veja” pratica o jornalismo da barbárie, um jornalismo que escreve “estado” assim – com “E” minúsculo – numa espécie de bravata liberal fora de época. “Veja” envenena o país todos os dias, com blogueiros obtusos, asquerosos, que falam para um Brasil pretensamente senhorial, como se ainda estivéssemos antes da Revolução de 30.

Curioso, também, ver a “Veja” falar em “barbárie” e em “criminosos impunes”. Logo essa revista, tão próxima do bicheiro Cachoeira, pautada pelo bicheiro, amiga do bicheiro. A tabelinha com Cachoeira é – sim – um exemplo perfeito desse Brasil de criminosos impunes.

A “Veja”, que tenta pegar carona na imagem do rapaz preso pelo pescoço, pratica um jornalismo justiceiro – que invade quartos de hotel, “julga” e “condena” sem provas, inventa fatos, publica grampos sem áudio, alardeia contas no exterior e dólares em caixa de whisky. Tudo falso, falsificado. Um jornalismo que acredita em boimate e Gilmar Mendes.

A revista não tem moral para falar contra a “barbárie”, nem contra os “justiceiros”. E não tem, precisamente, por praticar um jornalismo que é a própria encarnação da barbárie, da falta de escrúpulos, um jornalismo justiceiro.

O Brasil do lulismo tem muitos problemas. Isso é evidente. Mas não venha a “Veja” querer apresentar a receita de “Civilização” ao Brasil. A receita da “Veja” é a mesma que os EUA oferecem à Ucrânia.

Está claro, por essa capa oportunista e velhaca, qual é a pauta dos setores que não aceitam o Brasil um pouquinho mais avançado dos últimos anos: é jogar tudo no “caos”, na “barbárie”, na insegurança. O Brasil é a jóia da coroa na América Latina em 2014. Tão importante quanto a Ucrânia no leste europeu, tão estratégico quanto a Síria no Oriente Médio.

Não sejamos ingênuos. A velha imprensa brasileira – que se reúne com embaixadores dos EUA às escondidas (isso desde 64, mas também em 2010 – como nos revelou o Wikileaks) – é parte decisiva no jogo pesado que veremos em 2014.

A oposição brasileira não tem programa. A economia não afunda como gostariam os urubulinos. Portanto, é preciso produzir a pauta do caos. Esse é o caldo de cultura em que podem prosperar candidaturas “justiceiras” que a “Veja”, os mervais e outros quetais estão prontos a lançar.

Para retomar o Estado brasileiro, eles pouco se lixam se o preço a pagar for a ebulição social. Aécio e Eduardo não darão conta dessa pauta da “ordem contra a barbárie”. A pauta do caos e do Brasil “inviável” (que está na capa da “Veja”) é boa para aventuras autoritárias – semelhantes ao janismo de 1960.

Quem pode encarnar esse figurino? Quem? O terreno vai sendo preparado…

Não creio que o povo brasileiro – equilibrado, sim! E que trabalha duro para construir um país “viável”, sim – não creio que a maioria de nosso povo embarque na aventura da “ordem contra a barbárie” – proposta pela revista. Mas a direita asquerosa e velhaca vai tentar. 

O roteiro está claro. É preciso estar atento. E não cair na esparrela de acreditar que a “Veja” – de repente – converteu-se à “Civilização”.

A “Veja” é a barbárie. No jornalismo, na política, na vida do brasileiro comum.

A “Veja” – se pudesse – prenderia o pescoço do povo brasileiro no poste. Mas não vai conseguir. Vai perder – de novo.